domingo, 27 de abril de 2014

Plainas 9: "Bull nose", nariz de touro…


Uma das plainas "shoulder" que eu mostrei é conhecida como "bull nose". Nesta plaina, a lâmina fica bem à frente e é usada quando o espaço para trabalho é menor.


Apesar deste desenho ser moderno (da Veritas ), ela é baseada na Record #077 e tem uma outra  característica que é a "frente removível", transformando a mesma numa plaina "chisel" (formão).


É uma ferramenta versátil, mas o uso é pouco frequente. Está também merecendo uma polida e uma camada de óleo.

Próximo…

terça-feira, 22 de abril de 2014

Plainas 8: as "Shoulder"…


As plainas "Shoulder" ("ombro" no português), ou de "topo" como são conhecidas aqui, também são ferramentas da família das "rabbet", embora com um uso mais definido. São ferramentas muito usadas no "cabinet making", ou construção de móveis.


A função destas é criar ou preparar superfícies precisas para junções e encaixes e não apenas criar rebaixos como as demais. São muito usadas para preparar e ajustar espigas, limpar encaixes e trilhos. A lateral mais alta garante um ângulo reto com a base.


Elas podem ser de metal ou madeira, sendo que no Brasil, o mais comum é encontrar plainas de topo de madeira.

A diferença entre ambas é a questão de "massa" vs. "atrito". A plaina de madeira é mais suave e a de metal, "mais firme" por ser mais pesada.

A Stanley tinha as plainas #90, #91, #92 e #93, e hoje, o que mais se vê são os modelos baseados da Record (e Preston) #041, #042, #072, #073, #074, #077 e a #311, que é um modelo bastante versátil.

Próximas...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Plainas 7: as "bevel up"…ou "low angle"



As plainas "block" têm uma grande diferença em relação às plainas de bancada padrão: a lâmina é assentada diretamente na base da plaina, sem o conhecido "frog" (em português eu encontrei "contra-ferro inferior") e com o gume para cima ("bevel up")

Pois há um outro grupo de plainas que também tem a lâmina fixada da mesma maneira  ao corpo da plaina e que são conhecidas como plainas "low angle" (ou ângulo baixo) ou às vezes como "bevel up"


Estas plainas são muito versáteis e podem, com mais de uma lâmina atender a vários objetivos diferentes.

As lâminas são assentadas a 12 graus, têm o gume virado para cima, e com o gume primário em 25 graus, dão um ângulo de ataque de 37 graus. Este ângulo, permite o trabalho da plaina no sentido perpendicular à fibra de forma muito eficiente. Um gume secundário de 33 graus a coloca na mesma condição de uma plaina de bancada padrão, com ângulo de ataque de 45 graus. Com um gume secundário de 38 graus, temos um ângulo total de ataque de 50 graus, muito eficiente para madeiras duras e de fibras que mudam de direção constantemente, evitando o desagradável "tear out", que são aquelas marcas difíceis de tirar, que são as fibras quebradas.

Logo, uma plaina destas com um jogo de duas ou três laminas, cada uma com uma afiação diferente, proporciona uma gama de serviços diferentes de forma bastante eficiente e para vários tipos de madeira diferente.


Nas plainas Stanley, são as modelos #62 ("jack") e a #164 ("smooth"). São plainas difíceis de encontrar no exterior, e aqui devem ser raríssimas. Dada a versatilidade destas plainas, tanto a Lie-Nielsen como a Veritas tem seus modelos "bevel up" semelhantes às Stanley, mas ainda adicionaram plainas "jointer" e "jack rabbet".

Próxima…




terça-feira, 15 de abril de 2014

Plainas 6: "rabbet", um detalhe a mais


Dentro das plainas de bancada ("bench") e a "block" que eu mostrei, duas tinham uma particularidade. Ambas são "rabbet" ou "rebate", que significa rebaixo em portugues. Elas não são plainas para rebaixos, mas tem este "plus".


Estas plainas permitem o trabalho em cantos onde a a lâmina de uma plaina normal não alcança.

Nas plainas de bancada da Stanley, a #10 (no mesmo tamanho da #5), a #10 1/4 e a #10 1/2 (no mesmo tamanho da #4) têm esta característica. Tanto a # 10 como a # 10 1/2 aparecem com alguma frequencia nos sites de leilão de ferramentas antigas no Brasil.

No caso da Block, conforme já falado antes, este modelo foi baseado na Sargent 507, que eu nunca ví para vender por aqui.

Próxima…


sábado, 12 de abril de 2014

Plainas 5: chegou a vez dos "coringas", as "jack"…


"Jack" vem de "jack of the trade", que equivale  ao "faz-tudo" ou "pau-para-toda-obra".

Eram plainas bastante comuns, toda casa tinha uma e eram usadas para vários trabalhos.

Esta na foto é uma Lie-Nielsen 5 1/2.  Não foi a minha primeira plaina (a primeira foi uma número 4), mas foi durante muito tempo usada para todo tipo de serviço. No padrão Stanley, as plainas número 5, 5 1/4 e 5 1/2 são tidas como "jack". O tamanho vai de 28 a 38cm (11 1/2"a 15"), e a 5 1/4 é menor que as demais era usada em treinamento escolar, quando a prática de ensino de marcenaria estava no currículo escolar americano.

Com a "boca" mais aberta e o contra-ferro a 2mm do fio, posso retirar bastante material. Com a boca mais apertada e o contra-ferro a menos de 1mm do fio, ela funciona como uma "smoother". Por ser grande (14 3/4" ou 38cm), ela funciona bem como uma "jointer" se a superfície a ser trabalhada não for grande.

Próxima…


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Plainas 4: as "smoother"


Chegou a vez das "smoother", ou de "suavizar"numa tradução simplista…elas são plainas de acabamento e ajustes finais. São plainas curtas, com o gume mais retoe usadas para deixar a superfície o mais próxima possível do acabamento.


No padrão Stanley, que também é adotado por várias outras marcar, as "smoother"vão da número 1 à 4 1/2 …Na foto acima está uma #2 com aproximadamente 19cm de comprimento de sola, enquanto na debaixo, está uma "smoother" Stanley #10 1/2 que tem o mesmo tamanho da #4, com cerca de 26cm de sola. No caso, a 10 1/2 é uma "smoother" com a particularidade de ser uma "rabbet"…

Mais para frente eu trato da particularidade das "rabbet".

Próxima….

sábado, 5 de abril de 2014

Plainas 3: "jointer"


As "jointer", ou de "junção" (numa tradução livre), são usadas para preparar superfícies para serem coladas umas às outras, por serem as mais compridas e capazes de deixar a superfície plana. Têm a função também de aplainar grandes superfícies.

No "padrão" Stanley, também adotado pela Record, sáo as plainas de número "7" e "8". Para superfícies não tão grandes, podem ser substituidas pela "6".

Próxima…

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Plainas 2: plainas "fore"


As plainas "fore", da corruptela de "before" ("antes" em inglês), são das primeiras a serem usadas, para dimensionar a madeira.


A lâmina curvada ajuda na remoção de quantidade maior de madeira.

Tanto a Stanley como a Record usam o número "6" como padrão para estas plainas. Ainda são usadas como "fore" as plainas de número "5" e "5 1/2".

Estas duas últimas são consideradas as "jack", que vou explicar mais na frente.

Próxima…